quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Menina...

Sabendo agora que o bebé é uma menina, vamos poupar imenso dinheiro. O quarto mantêm-se com as cores, as chatices e birras não serão tantas, uma vez que duas meninas entendem-se melhor, espero eu.
Esta menina desde as 18 semanas que se mexe como tudo, dentro da minha barriga, é uma agitação que eu fico a pensar como será daqui a 4 meses.
Engraçado, com a Catarina foi tudo muito diferente, por esta altura foi quando descobri que estava grávida e só bem mais tarde é que a senti mexer.
A primeira vez que ela mexeu e o meu marido a sentiu, lembro-me perfeitamente. Estávamos deitados, naquela posição de "concha", ele com a mão na minha barriga e com as pernas entrelaçadas. Ela mexeu-se, ele salta da cama e diz: "O que é que foi isto pá??"
Ehehe, coitado se eu era inexperiente, ele nem se fala. Disse que nunca pensou sentir assim um bebé, e não estava mesmo nada à espera.

Ainda não conseguimos chegar a um acordo quanto ao nome. Não é fácil, eu gosto de um, a Catarina não gosta. O Jeitoso gosta de outro.

  Matilde, é um nome que eu e a Catarina gostamos. O pai, só porque viu em pequenino uns desenhos animados em que havia uma porquinha chamada Matilde, embirrou que não.
  Vitória, o pai gosta bastante, a Catarina odeia e eu abstenho-me.
  Gabriela, só gosto eu...
  Carlota, gosto eu e a Catarina.
  Maria, simplesmente Maria, eu gosto muito,  mas o pai diz que aqui na aldeia deve haver pelo menos metade da população com esse nome.

 Catarina, é um nome que não temos na família e na altura não se ouvia muito. De qualquer maneira era o nome da minha trisavó materna.
 Carlota, era o nome madrinha da minha avó que a criou como mãe. Morreu há 3 anos (com 94 anos) era uma verdadeira senhora. Muito bonita com uns olhos azuis da cor do céu, a pele muito branca e um cabelo negro até ao fundo das costas sempre enrolado numa "banana". Nunca teve filhos, viveu 60 anos com o meu "avô" e foram muito felizes até ao fim das suas vidas (ele morreu um ano antes dela com 96). Ninguém ousava ir a um almoço em casa dela sem engraxar os sapatos e vestir o seu melhor fato.
Os dois, são dos poucos familiares que me deixaram saudades, todos os outros compreendo a sua ausência.

A lista é enorme, mas há nomes que eu nunca ousava dar a um filho. Por outro lado não gostamos de nomes muito vulgares.
Ao chamarmos o bebé pelo nome dá-nos uma sensação de proximidade e faz-nos sentir que estamos a preparar a sua chegada.
Esta bebé chegará na altura certa e com certeza chegaremos a um acordo, até lá vamos preparar o quartinho cor de rosa, aprimorar com lacinhos e decorar com almofadas e rendinhas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É uma menina!

Pois eis que às 20 semanas descobrimos que é mais uma menina.
A Catarina  não cabe em si de felicidade, o pai diz que já sabia... não tem sorte nenhuma e há-de ser o único homem da casa. Eu, fiquei feliz, mas acreditava até ao ultimo instante que poderia ser um menino, vestir-lhe suspensórios e fazer dele um gentelman. Mas doutora confirmou que não havia dúvidas, posso comprar tudo cor-de-rosa, usar e abusar das rendas e lacinhos.

E porque as verdades têm que ser ditas, fui à clínica da "veterinária".
 A Doutora naquele dia realmente devia estar em dia não, desta vez surpreendeu-me mesmo pela positiva, foi uma simpatia. Mas a confirmar o que eu disse, de facto enganou-se nas contas e o tempo de gravidez agora não correspondia ao que ela tinha na primeira ecografia (claro que eu não lhe disse que tinha feito outra e regeu-se pela que ela própria fez). Nada batia certo, pediu-me desculpa pelo lapso.
No final até felicidades me desejou... Vá-se lá entender isto!

Das duas, três: Ou eu não ia bem vestida, ou ela não foi com a minha cara, ou desta vez gostou dos olhos do meu marido.

Não retiro nada do que disse, porque de facto naquele dia fez me sentir miserável, não gostei minimamente do seu método, não vi nada do que deveria ter visto, e não fui devidamente atendida.

O importante é que será uma menina, aparentemente saudável e perfeitinha. O meu útero está corrigido, o liquido está óptimo e daqui para a frente, metade da gravidez já passou, é só aguardar mais um bocadinho e não fazer esforços de maneira nenhuma.

sábado, 19 de novembro de 2011

Pérolas... cá de casa


Acho que já escrevi aqui, que eu e a minha filha temos uma linguagem muito própria. Nada daquele tipo de frases como ela falava em pequenina, acho isso ridículo, passei todos estes anos a educá-la e ensei-a a falar, logo, detesto que falem com ela como se fosse uma bebé.

O que acontece é que por vezes  sai cada pérola, que nem eu sei como é que disse aquilo.
Como estou sempre a corrigir a Catarina, desde há algum tempo atrás que ela escreve num caderno todas as broas da mãe...



E eu comecei a escrever as dela:


Outras tantas como:

" Olha a janela acesa e a luz aberta!"
"O fechão está portado" - o portão está fechado.
"Vai abrir a luz" - esta então sai-me mesmo muitas vezes...

Não tem piada nenhuma, mas quando ela se põe a ler em voz alta, penso:
- "Como é que eu disse aquilo?!"

Deve ser da gravidez...


Agora a minha filha não tem desculpa:

- " Oh mãe hoje não houve jackpotadores."
- " O que é que queres dizer com isso? "
- "Então que ninguém ganhou o jackpot do euromilhões."

- " Mãe, perdemos o jogo porque aquele balizador não valia nada!"
- "Balizador??!"
- "Sim, aquele que está na baliza."
- "Ah..."

Quem é que aguenta?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cheiro a inverno

O que é que eu posso querer mais...






Levantar-me e andar!


Por estar tão saturada, por estar há 10 dias deitada e por já não saber em que posição estar... o meu marido tirou-me estas fotos para colocar no albúm de família e mais tarde recordar.

Belas recordações...

Não tenho mesmo feitio para estar deitada e de papo para o ar. Sinto-me aborrecida, sem vontade para nada, desejosa que chegue o dia 22 e que esteja tudo bem como bebé.
Por sinal já se mexe bastante, coisa que a Catarina não fazia com este tempo (20 semanas), talvez nesta ecografia já se consiga ver o sexo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Susto...

Infelizmente nunca podemos estar bem, o mundo corre todos os dias e a nossa vida também.
 Há dias estava nas compras com o meu marido, e de repente senti-me molhada. Não disse nada, quando chegámos a casa, reparei que tinha passado até para as calças, e aí sim fiquei assustada.

Fui ao hospital, onde o médico me informou que o meu útero não está fechado, como deveria estar por esta altura. Sinto um peso grande no baixo ventre porque o peso do bebé não ajuda, e isso faz com que vá perdendo líquido senão estiver de repouso.
Portanto a modos que agora estou de cama (ou de sofá), a beber 2lt de água por dia, e sem sexo, ah pois! O jeitoso ficou furioso, tem que fazer tudo cá em casa e não leva nada.

Mais uma vez tive uma sorte desgraçada com os médicos.
Espanhol com a verdadeira  pronúncia, na casa dos 55 anos, e quando lhe explico a situação diz-me:
- Ah se foi por volta das 15h, não deve haver nada a fazer...

Depois de examinar então diz, que está tudo bem.
Esperto!
O bebé estava bem, o coração estava a bater e tenho mesmo que repousar, pelo menos até dia 22 quando faço a ecografia morfológica.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Atitudes

Detesto quando o jeitoso faz uma sandes e deixa a faca toda besuntada de manteiga em cima da bancada, bem como as migalhas, aquece a sandes no microndas e deixa o queijo derretido no prato... mas adoro as sandes que ele me faz, têm sempre um sabor diferente.

Detesto que ele chegue a casa uma hora depois de sair do emprego (onde é que ele andou?)... mas adoro o lanche que ele me prepara quando chega.

Detesto engomar a camisa da farda dele todos os dias... mas adoro a salada de fruta que ele me faz, mesmo que a fruteira só tenha bananas, maçãs, tangerinas e kiwis.

Detesto que ele trabalhe a noite fora, mas adoro dormir agarrada a ele (principalmente no Inverno).

Detesto estar zangada com ele (embora ele ache que é o meu desporto favorito)... mas adoro que ele mesmo assim nunca saia de casa sem me dar um beijo, mesmo que eu esteja a dormir.

Detesto ouvi-lo fazer aqueles risos diabólicos a revirar os olhos... mas adoro ver a Catarina rir e tentar imitá-lo.

Num destes fins de semana, ele estava na casa de banho, há imenso tempo com a água a correr. Eu ponho-me aos gritos a perguntar se ele achava que tinhamos alguma cunha nos serviços municipalizados da Câmara.
 Qual não é o meu espanto quando ele abre a porta, vestido e me diz que sai já. Como é que saia já se a água estava a correr ao tempo e ele ainda nem tinha começado a tomar banho?
Passado uns minutos, já eu refilava sozinha... quando ele abre a porta e eu vejo a Catarina a sorrir, a banheira cheia de espuma e umas 5 ou 6 velas acesas.

Ele diz-me:
- " Agora aproveita para relaxar".

A minha resposta?

- "Sim?? E quem é que faz o almoço?!" ...  foi uma resposta muito triste realmente, ainda hoje me está a remoer.
Ele, que já me conhece, deixou-me a refilar sozinha e disse "eu vou fazer o almoço".

Passado uma hora tinha o almoço na mesa , e estava muito melhor.
Relaxada? Não.´
É impossível relaxar quando se tem uma menina a perguntar de 5 em 5 minutos, "então, estás a relaxar?" e dali a 5 minutos "e agora, já relaxaste?", "vou te dar um beijinho para relaxares melhor"...
Ou então:
- "PAAiiii, onde é que estão os meus chinelos??"
- " Está calada Catarina, a tua mãe está a descansar"
- " Desculpaaaaaa! ... Mas onde é que estãaaao?!"

É verdade, nem sempre sou a melhor esposa do mundo, nem ele é o melhor marido, mas é por isto tudo e mais algumas  coisas que eu o adoro.


Jeitoso, apesar de pensares que eu estou saturada de ti, que já não te suporto e que embirro por tudo e por nada... isso é apenas o turbilhão de hormonas a funcionar. O meu desporto favorito continua a ser saltar no step que me ofereceste, correr pelos blogs, e fazer sempre aqueles dois abdominais quando me deito e quando me levanto...


Agora as coisas correm melhor mas os primeiros meses de gravidez foram um caos, a chorar de dia e de noite.
Todas as grávidas falam no milagre da gravidez, mas ninguém fala das cólicas, do stress, da falta de mimos que nunca achamos suficientes, das hemorróidas, estrias e o corpo deformado, a falta de posição para dormir, e as vezes que nos levantamos para ir à casa de banho (nunca temos um sono descansado, nem nunca mais sabemos o que é dormir 8 horas seguidas).

De facto, a gravidez é um milagre da vida (eu que o diga), quando vemos o nosso bebé nem nos lembramos de dores, do cabelo despenteado, ou do nosso aspecto. O nosso coração está vermelho, e cheio de amor, nessa altura só isso é suficiente.
O sorriso dos nossos filhos é mais que suficiente para alegrar os nossos dias, um abraço deles é todo o conforto que precisamos e quando nos dizem que somos uma família feliz... então cai-nos aquela lágrima que teima em ficar sempre no canto do olho.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Marmelada caseira

Há uns tempos, os campos aqui pela zona estavam cheios de marmelos, como que se fossem divisórias para a estrada. Segundo a Ana do blog Galhos e bugalhos, o marmeleiro é uma árvore que pega pela estaca, basta arrancar um ramo, colocá-lo na terra e ele pega por ele mesmo. Penso que por aqui se colocam marmeleiros para dividirem os campos, não me parecem sequer cuidados. O facto é que estão há beira da estrada carregadinhos e ninguém lhes pega.
Ora eu e a Catarina aqui em casa adoramos marmelada, um destes dias em passeio, resolvemos apanhar alguns.
Perguntei por uma receita, a D.mãe disse-me uma e a D.Ju outra, mas ambas utilizavam o mesmo processo:
  • 1kg de açúcar
  • 1kg de marmelos
  • 1 pau de canela

A minha mãe descascava-os e tirava o caroço, a D.Ju não. Como sou muito despachada, resolvi-me pelo mais prático, não descasquei tirei apenas o caroço.

                           

Lavei-os muito bem e coloquei na panela de pressão juntamente com o açúcar. Esperei cerca de duas horas e o suco do marmelo fez o sumo com o açúcar, adicionei apenas um copo de água.
Depois da panela de pressão começar a ferver esperei 5 minutos e desliguei o lume.


Passei metade pelo pass-vitte e a outra metade com a varinha mágica...




Cada uma delas dava o seu parecer, mas ambas me pareceram  bem.
Depois de duas semanas a que foi passada com a varinha mágica, solidificou bastante, ficou mais escura, mas muito boa. Na altura estava até um pouco liquida, como se fosse doce.


Feito isto, tenho marmelada para o ano inteiro e ainda um cabaz para oferecer no Natal.
Sei que com as cascas do marmelo e o caroço também se faz geleia... mas eu não aprecio, por isso nem experimentei.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Broas para o S.Martinho

No domingo passado eu e a minha filha andámos a fazer broas, ela precisava de levar um lanche partilhado para a escola e assim sugeriram que todos os meninos levassem no mínimo 6 broas.
Esta foi a receita:

  • 1kg de farinha
  • 5oog de açúcar
  • 100g de mel
  • 125g de margarina
  • raspa de limão
  • 10g de canela
  • 10g de erva doce em pó
  • 1 colher de fermento (se a farinha não tiver fermento)
  • 6 ovos
  • Coloca-se tudo numa tigela e amassa-se bem, com os nós das mãos. No final faz-se um rolinho com uma porção da massa e espalma-se (de modo a que fique com a grossura de um dedo). Leva-se a forno médio pré aquecido durante 10/15 minutos até alourar, não é preciso ficarem escuras.





Ficaram muito boas de sabor, mas o meu forno aqueceu demasiado nos lados e apenas as do meio ficaram boas. Não vale a pena juntarem muito, porque elas crescem.

Segundo a Catarina todos gostaram e foi um lanche divertido, partilhando todas as receitas.