quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Terapia para pobres

No ano passado estava eu muito sossegada a olhar para a televisão sem que me apetecesse ver nada dos vários canais. Não me apetecia ver o ecrã do computador, não tinha sono e por incrível que pareça a casa estava em silêncio.
Eu é que não estava bem...

De tanto olhar para a televisão, olhei para a parede onde estava a tela que pintei num belo dia em menos de nada. Desenhei a carvão a flor e passei por cima com o pincel e umas tintas da minha filha.




A tela e o desenho não me diziam nada. É um tipo desenho que já faço há bastante tempo, tinha desenhos do género nos cadernos da escola e a minha filha pede-me que o faça várias vezes nos seus cadernos.

Peguei na tela  e fui para o quintal. Passava da uma da manhã quando agarrei nas tintas e nos pinceis.
O tom de rosa era da parede do quarto da Catarina, o branco dos vários móveis que já pintei aqui em casa, o dourado ainda da noite do halloween, e o cinza do carro do meu marido, um spray que ele comprou para dar um retoque na mala.

Não tirei fotos nenhumas, durante o trabalho, nem imaginava como ia sair o resultado, mas inspirei-me numa tela desta menina que adorei. Claro que não está nem parecido, ela pinta como respira.

Não usei técnica nenhuma, até porque nunca aprendi nenhuma, fui dando asas aos pinceis e passou-me a neura. Serviu como terapia, sem gastar um cêntimo (sempre importante).









Se estiverem aborrecidas, agarrem numa uma tela, peguem numas tintas, nem que sejam os guaches escolares dos vossos filhos. Misturem as cores que pretendem e não lavem pincel nenhum enquanto as estão a usar (a mistura dos tons dá a sua graça). Dêem asas à imaginação (seja uma flor, um trevo ou um quadrado), e dedos aos pinceis!
Poupem uns euros num consultório ou uns euros numa peça de arte para a sala.

Se no final não ficar ao vosso gosto, não chorem! Pintem por cima e comecem de novo.


É claro que no outro dia de manhã continua tudo na mesma, o céu continua azul e o sol amarelo... mas se recorrermos a um terapeuta também.

4 comentários:

Raquel disse...

há uns anos pintava (ou tentava...) e gostei muito! Agora ando sem tempo para montar o estaminé...mas tenho de voltar!
Ficou giro o seu!

Val disse...

Aí está uma bela dica Lúcia! se bem que quando não estamos bem, geralmente o que pintamos representa esse estado de espírito. Mas no teu caso , saiu uma flor bem bonita. Beijinhos

Home change Home disse...

Resulta mesmo, até nos esquecemos do mundo :) :)
também vou a esse terapeuta.
Beijinhos
Teresa

Vânnia Costa disse...

Eu também uso essa terapia, mas com trapinhos e bordados. Eu costumo dizer que é o momento em que "carrego no botão" e tudo desliga, só existe eu, as linhas, as agulhas e os tecidos. Beijinhos!